domingo, agosto 29, 2010
Mademoiselle Chambon
Os filmes franceses costumam fugir do convencional. Além de não sofrermos com as tradicionais explosões, correrias e efeitos especiais, o cinema franco geralmente nos traz reflexão ou vontade de tomar um belo vinho. Em Mademoiselle Chambon, de Stéphane Brizé, um pedreiro se vê envolvido com a professora de seu filho. O romance de Jean (Vincente Lindon, o professor de natação de Bem-Vindo) começa após ele consertar a janela da casa de Veronique Chambon (Sandrine Kiberlain, desprovida de qualquer atrativo físico e talvez por isso instigante). Encanta a Jean a habilidade, mesmo que meio tosca, de ela tocar violino e seu jeito tímido. O primeiro beijo dos dois é singelo, simples, um leve pegar de mãos, um toque no rosto e um beijo culpado e carente.
Aliás, a culpa permeia a conciência de Jean, que passa a se irritar com qualquer palavra ou gesto da esposa, a paciente Anne-Marie (Aure Atika). A história não traz nada de novo, mas é bonita. Pena que, vide o início do texto, acabe sendo traída pelo conservadorismo.
cotação: bom
Chico Izidro
twitter: @chicoizidro
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