quarta-feira, março 23, 2011

Patrick 1.5





No começo estranhamos a língua sueca no filme, mas logo nos adaptamos. E adaptar-se é o que tem de fazer os personagens de Patrick 1.5, de Ella Lemhagen.
Vindo do país nórdico, sua temática não é fácil e tenta mostrar que o povo daquele lugar não parece ser tão liberal como imaginamos. Um casal gay se muda para um daqueles subúrbios que estamos acostumados a ver em filmes americanos, com suas famílias aparentemente felizes e suas casas coloridas.
Sven Skoogh (Torkel Petersson) e Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård) querem ter o lar perfeito e para isso adotam uma criança, o pequeno Patrick, de um ano e meio. Só que um erro do serviço social faz parar na casa deles um órfão de 15 anos, com uma extensa ficha criminal e ainda por cima homofóbico. O garoto gera a cizânia entre o casal e acredita que será estuprado por um deles, já que esta é a natureza dos gays.
Resta ao casal tentar lidar com a situação e não dando conta, livrar-se de Patrick. Só que isso não será tão fácil quanto parece.
E Sven e Göran ainda têm de suportar o preconceito dos vizinhos, que por mais que tentem se mostrar receptivos, não conseguem aguentar a ideia de ter vizinhos homossexuais. Numa cena, Göran vai visitar a moradora da casa ao lado e descobre que ela e o marido estão fazendo uma festa onde todos da vizinhança foram convidados, menos ele e Sven. E o preconceito não está só com os adultos. As crianças costumam tocar a campainha da casa deles e ofendê-los.
Patrick 1.5 consegue fugir do sentimentalismo barato e não se deixa cair em armadilhas fáceis, que seriam o caminho mais tranquilo, se claro, estivessemos vendo uma fita vindo dos States.
cotação: bom
Chico Izidro

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