terça-feira, abril 19, 2011

Turnê



No Brasil ficou conhecido como Teatro de Revista, na Europa e nos Estados Unidos como Vaudeville - que é um gênero de entretenimento misturando danças, cantos e até mesmo truques de mágica. Algo pré-televisão.
Pois em Turnê, do francês Mathieu Amalric, este estilo é celebrado nos dias de hoje, quando o próprio diretor interpreta Joachim Zand, à frente de um grupo de dançarinas que saem pelo interior da França. Zand é também um indivíduo meio inescrupuloso, cheio de inimigos e dívidas. Ele é tão errante que afastou-se até mesmo dos dois filhos pré-adolescentes e com quem vai tentar uma reaproximação.
O grande objetivo do empresário é apresentar o espetáculo em algum teatro de sua Paris natal, local onde não é benquisto. O show é meio grotesto, onde as dançarinas são mulheres de meia-idade, sem vergonha de mostrar seus quilinhos a mais. Elas são divertidas e com a sexualidade extrapolando, não se furtando de transas no banheiro de um hotel. Vindas dos Estados Unidos, sonham em se apresentar na Cidade Luz, mas nem imaginam das dificuldades de Joachim Zand em arranjar um teatro.
Em Turnê, tudo parece dar errado, de uma desilusão tremenda. Mas nem por isso deixa de passar uma mensagem de otimismo.
Mathieu Amalric está excelente, sem vergonha de parecer ridículo, com suas roupas estilo bicheiro da década de 1970. Ele é um ator de recursos, vide o triste O Escafandro e a Borboleta e o violento Munique.
Cotação: bom
Chico Izidro

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