quinta-feira, julho 14, 2011

Amor e Ódio



Este vai para aquela coleção dos títulos infames das distribuidoras brasileiras. Amor e Ódio, no original La Rafle, ou A Incursão, direção de Roselyn Bosch, reconstitui perfeitamente o que houve com os judeus que viviam em 1942.
Amor e Ódio começa em PB, com a famosa visita de Hitler à Cidade Luz em 1940. Um pulo no tempo e estamos em 1942, com os judeus obrigadoa a usar a infame estrela amarela. A França vive sob o tacão nazista e o colaboracionismo do governo de Vichy. A diretora Roselyn Bosch deixa claro, aqui, que Hitler era o arquiteto pelo destino dos judeus, apesar de muitos revisionistas garantirem que o ditador de nada sabia. Todos eles eram enviados para os campos de extermínio no leste europeu, a maioria na Polônia. A história é contada sob a ótica do garoto Joseph (Hugo Leverdez), filho de judeus imigrantes poloneses.
Muitas das cenas vistas ao longo de Amor e Ódio são claramente calcadas em A Lista de Schindler, como quando da expulsão dos judeus de seus apartamentos e do ódio demonstrado por alguns vizinhos, como a vizinha berrando: "adeus judeus!". Outras cenas baseiam-se em fotografias "clássicas" de campos de concentração, como aquela em que freiras levam as crianças ao seu destino trágico.
Mas isto não desmerece o bom filme, onde se destacam a loirinha Mélanie Laurent, revelada em Bastardos Inglórios e que também esteve em O Concerto, e Jean Reno como um médico trabalhando praticamente sozinho no Velódrome de Paris, atendendo mais de 13 mil pessoas.
Cotação: bom
Chico Izidro

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