terça-feira, agosto 09, 2011

A Última Estação



León Tolstói é, ao lado de Dostoievsky, o maior escritor russo de todos os tempos. O segundo ainda não foi, pelo que eu me recorde, brindado com um filme sobre sua vida. Mas uma de suas principais obras, Os Irmãos Karamazov, teve ótima produção em 1958, com direção de Richard Brooks e participação espetacular do inesquecível Yul Brinner. Guerra e Paz, de León Tolstói, foi às telas em 1956, sob o comando de King Vidor e com a bela Audrei Hepburn e Henry Fonda nos papéis principais.
E em última A Última Estação, de Michael Hoffman, Christopher Plummer, sim, ele ainda está vivo, com os seus 82 anos (Plummer foi o Capitão von Trapp no clássico A Noviça Rebelde, de 1965), vive Tolstói. Casado com Sofia (Hellen Mirren), o escritor criou quase no final da vida a religião tolstoiana, que pregava a pobreza, o vegetarianismo e o celibato. E para isso, decidiu doar todos os direitos de sua obra para o povo russo, revoltando Sofia, que entrou numa tremenda briga de gato e rato com o sinistro Vladimir Chertkov (Paul Giamatti), que controlava o grupo.
No meio desta guerra, surge a figura de Valentin Bulgakov (James McAvoy), seguidor da religião e secretário de Tolstói, que se apaixona pela jovem Masha, e tem seus ideais colocados à prova.
É um deleite ver as interpretações de Plummer, Mirren e o cada vez melhor Giamatti, que já havia arrasado em A Minha Versão do Amor. McVoy, que fez personagem semelhante em O Último Rei da Escócia, não está mal, mas fica claro como ainda tem de percorrer um longo caminho.
Cotação: bom
Chico Izidro

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