quinta-feira, junho 14, 2018

"Talvez Uma História de Amor"



A trama é até legal, mas o que atrapalha são algumas das atuações. Falo do longa nacional "Talvez Uma História de Amor", dirigido por Rodrigo Bernardo, em sua estreia cinematográfica. O personagem principal é Virgílio (Mateus Solano), publicitário bem-sucedido, mas portador de TOC - tudo em sua vida é regulado, desde usar equipamentos retrô, como o celular tijolão, o toca-discos, a televisão de tubo com vídeocassete, as refeições onde os alimentos ficam sincronizados. Mas o que acontece? Certo dia, ele encontra uma mensagem em sua secretária eletrônica. Uma voz feminina, dizendo ser Clara, lhe comunica o final do relacionamento.

O problema é que Virgílio não tem a mínima noção de ter tido um relacionamento nos últimos tempos e de quem seja Clara. A partir daí, o rapaz passa a buscar a garota, mas ele não sabe nem como ela é, aonde mora. Simplesmente deletou Clara de suas memórias.

"Talvez Uma História de Amor" é uma adaptação do livro homônimo do escritor francês Martin Page. E tem até direito a momentos finais passados em Nova Iorque, com uma participação meio que constrangida de Cynthia Nixon (a Miranda, de “Sex and the City”). Mateus Solano até está bem como o maniatico Virgílio, mostrando os percalços em que passam pessoas com esta doença. Bianca Comparato como a vizinha simpática e prestativa traz certo charme para a história, e até ficamos pensando se não vai rolar nada ali. Mas os demais coadjuvantes são de doer, com atuações engessadas ou forçadas demais, como por exemplo Marco Luque, que consegue estragar cada cena em que surge.

Duração: 1h41
Cotação: bom

Chico Izidro

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