Há muito tempo já perdi a paciência para filmes de super-heróis, mas dei um OK para o divertido "Esquadrão Suícida". Porém aquele encanto juvenil que eu tinha foi se perdendo com o tempo, principalmente depois dos, para mim, tediosos e megalomaníacos "Vingadores". Prefiro assistir filmes mais pés no chão e os clássicos zumbis. Porém, super-heróis...e o meu sentimento ficou bem claro ao assistir "Eternos" (Eternals), direção de Chloé Zhao, que havia acertado a mão no bom, mas depressivo "Nomadland", ganhador do Oscar neste ano.
Em "Eternos", vemos os personagens criados pelo genial Jack Kirby em 1976. Naquela época, ele estava obcecado pela ficção científica e pelo livro "Eram os Deuses Astronautas?", de 1968, do suíço Erich von Däniken. E "Eternos" vai nesta pegada, com super-heróis criados por deuses cósmicos, os Celestiais, e colocados na Terra, para proteger a raça humana dos demônios Deviantes.
A trama começa em 5 A.C. na Mesopôtamia, com a chegada destes heróis, para defender os humanos durante um ataque dos Deviantes. E por milhares de anos, eles combateram os monstros, mas não podiam interferir no andamento da história - por isso, eram impedidos de entrar em guerras ou outros conflitos humanos, a não ser que o problema envolvesse Deviantes. O fim da ameaça significou que o grupo se aposentou, mas vivendo disfarçados entre os mortais. E então chegou o Século XXI, e os dez super-heróis têm de voltar à ativa, quando acontece o reaparecimento dos Deviantes.
Porém, "Eternos" é chato, cansativo, longo demais, com atuações toscas - Angelina Jolie, sem dúvida nenhuma, sendo a pior atriz do longa, vivendo de caras e bocas em sua personagem Thena, que lembra e demais, a Mulher-Maravilha. Quem se salva em meio a tanta ruindade é Gemma Chan e sua Sersi. E as mais de duas horas e meia se transformaram em uma verdadeira e interminável tortura.
Cotação: ruim
Duração: 2h36min
Chico Izidro
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