Desde o clássico "O Exorcista", de William Friedkin, ficou praticamente estabelecido de que quase todo o filme de terror onde alguém é possuído pelo capeta, deve ter a cena de um padre chegando com maleta na mão e chapéu na cabeça, sendo iluminado por uma faixa de luz vindo da casa onde irá executar um exorcismo, com uma escadaria do lado. E não é diferente em "Exorcismo Sagrado" (The Exorcism of God), dirigido pelo venezuelano Alejandro Hidalgo. E este talvez seja o único momento marcante do novo longa-metragem, pois repete a mesma cena do filme de 1973. E era só. No mais, é puro desperdício de tempo.
Na trama, o padre Peter Williams (Will Beinbrink), sacerdote americano que vive no México. E 18 anos antes, ao fazer um exorcismo sem autorização do Vaticano, acabou sendo possuído pelo demônio ao tentar expulsar o tinhoso do corpo de uma jovem local. Só que durante o processo, ele acabou cometendo um sacrilégio, ao acabar abusando sexualmente da jovem que estava possuída Isso o atormentou ao longo dos anos.
Tempos depois, visto como um santo pelos moradores locais, devido a seu trabalho assistencial de ajuda aos pobres, as consequências de seu pecado voltam a atormentá-lo, quando ocorrem novos casos de possessão. E para salvar sua vida, o padre Peter terá de enfrentar novamente o demônio que conhece tão bem suas fraquezas em uma batalha entre o bem e o mal.
O filme tenta fazer uma crítica à igreja católica. Porém derrapa feio na questão originalidade, abusando de diversas outras obras para construir tanto o aspecto visual de sua história, como também a narrativa usada. Evidente que é complicado inovar no gênero de terror, uma vez que praticamente tudo já foi feito e refeito à exaustão. Restou então ao diretor copiar a fórmula sem perdão, dando a desculpa de que "Exorcismo Sagrado" é somente mais um tributo. Fuja.
Cotação: ruim
Duração: 1h38min
Chico Izidro
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