Um dos mestres do cinema-desastre volta a atacar. O diretor alemão, responsável por, entre outros, Independence Day, 2012 e O Dia Depois de Amanhã, ataca agora com "Moonfall - Ameaça Lunar" (Moonfall), onde desta vez a Terra passa a ser ameaçada não por aliens, ou calendários maias ou meteoros (aí a pessoa recorda do ótimo Não Olhe Para Cima, para logo depois deparar com esta tragédia cinematográfica).
O filme até começa bem para uma obra do gênero, quando se verifica que uma ameaça vinda do espaço pode acabar com a vida terrestre. Mas logo começam a imperar os clichês, como o astronauta que testemunhou um acidente espacial, mas é visto como louco, e o nerd que descobre a ameaça, porém é ignorado pelas autoridades. E só vai piorando, muitas vezes provocando humor involuntário.
A história ainda tem soluções milagrosas, diálogos rasteiros e atuações de doer. Halle Berry segue quase 20 anos depois com a maldição do Oscar, pois nunca mais conseguiu fazer nada de destaque, Patrick Wilson até se esforça, e o terceiro personagem principal, vivido por John Bradley, é a vítima perfeita para momentos gordofobia e nerdfobia. O garoto que faz o papel do filho de Berry parece estar olhando para o teleprompter enquanto solta as suas falas. O quase sempre ótimo Michael Peña caiu de paraquedas na produção, e Donald Sutherland faz uma rápida aparição, talvez para pagar o aluguel.
"Moonfall: Ameaça Lunar" tenta divertir, não se levando a sério, porém mergulha no exagero e no ridículo. Sempre me pergunto ao assistir a algumas obras, o que os roteiristas fumaram para escrever certas coisas. Lá pelas tantas se descobre que uma força alienígena atacou a Lua, que assim passa a se deteriorar…Talvez quem queira apenas perder duas horas, assistindo o filme e sua ficção científica caótica, boa sessão.
Cotação: Ruim
Duração: 2h
Chico Izidro
Nenhum comentário:
Postar um comentário