quinta-feira, setembro 15, 2011

Conan, o Bárbaro



Em determinado momento de Conan, o Bárbaro, homens cansados tiram um sono profundo num navio. É noite fechada e invasores atacam de surpresa o local. Começa uma violenta batalha. Alguns guerreiros vão parar no convés e, pasmén, é dia claro. Este é um dos tantos erros de continuidade no novo filme protagonizado pelo selvagem criado há mais de 50 anos por Robert E. Howard.
E não querendo ser radical, mas já sendo, Conan, o Bárbaro, dirigido por Marcus Nipel, se candidata a ser um dos piores filmes de todos os tempos. Chega a dar uma saudade do trash homônimo protagonizado por Arnold Schwarzzenegger em 1982. E se o ator alemão não exterminou o personagem, Jason Momoa (o Drogo, de Games of the Thrones) conseguiu, com sua péssima atuação. E note bem, a película de 2011 não é uma refilmagem. Mas a história é quase a mesma, com Conan querendo vingar-se daqueles que mataram seus pais e dizimaram sua aldeia natal na Ciméria.
Em suas andanças durante o começo da adolescência até a fase adulta pro diversas regiões na fictícia Era Hiboriana, Conan acaba deparando-se com todo tipo de ladrões, piratas, guerreiros e prostitutas. Até finalmente encontrar o motivo de sua vingança, um feiticeiro e sua filha, que estão prestes a colocar o mundo numa época de trevas. Quem lia os quadrinhos viajava nos desenhos de John Buscema. Muito se perde nesta descuidada versão cinematográfica. Além dos erros de continuidade, os atores são muito ruins, a única exceção sendo Ron Perlman (O Nome da Rosa e Hellboy como o pai do herói).
Outra cena que não tem como não citar, de tão ruim, é o nascimento de Conan. Se aquele bebê não é um boneco...Ah, e o 3D não faz a menor diferença.
Cotação: ruim
Chico Izidro

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