quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Tão Forte e Tão Perto

Na manhã de 11 de setembro de 2001, eu dormia placidamente quando o telefone tocou e do outro lado da linha a minha namorada, berrou: !amor, estão atacando os Estados Unidos. Liga a televisão..."Ainda sonolento, obedeci ao tempo de ver a primeira torre gêmea pegando fogo. Logo depois um avião se estatelava na outra torre. Passei o resto do dia assistindo os acontecimentos em Nova Iorque. Não há como esquecer este dia. Todo mundo, acredito, sabe o que estava fazendo ou aonde se encontrava naquela data. Para os americanos, passou a ser conhecido como o segundo dia da infâmia que viveram. O primeiro foi o ataque japonês a Pearl Harbour, em 7 de dezembro de 1941. Bem, depois destas reflexões, vamos ao cinema. Que ainda deve um filme, se não grandioso, pelo menos original sobre o 11 de setembro. Até então, os mais conhecidos são As Torres Gêmeas, com Nicolas Cage, e Voo United 93. Numa visão um pouco distante, tem A 25ª Hora, de Spike Lee e com Edward Norton. O sensível Tão Forte e Tão Perto, de Stephen Daldry, mostra os reflexos do 11 de setembro no pequeno Oskar Schell (o ótimo Thomas Horn), que perdeu o pai numa das torres. Thomas Schell Jr. é interpretado por Tom Hanks. E nem deveria estar no local dos atentados no dia, mas foi lá por causa de uma reunião. Ao morrer, deixa a família desorientada. A esposa, vivida por Sandra Bullock, entra em depressão. E Oskar, que apesar de ter uma inteligência acima da média, é um daqueles garotos cheio de neuras, típico alvo de bullying na escola. Ele encontra nas coisas do pai uma chave, que o fará sair do esconderijo e partir para uma jornada particular por Nova Iorque. Afinal, qual o segredo que essa chave pode abrir? Sempre a pé, pois tem medo de andar nos transportes públicos, o garoto percorre a cidade, encontrando os mais variados tipos. Pessoas felizes, pessoas tristes, furiosas, doces... Sandra Bullock vive um papel totalmente diferente aqueles que nos acostumamos a ver, o da mocinha romântica ou da heroína. Aqui ela não etm vergonha de aparecer velha, descuidada. Outra presença marcante em Tão Forte e Tão Perto é o do veteraníssimo ator sueco Max Von Sydow, 83 anos, como o avô mudo de Oskar e que só comunica-se através de palavras escritas num bloquinho. E o diretor Stephen Daldry nem se importou em matar Tom Hanks.

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“QUEER”

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