quinta-feira, fevereiro 07, 2013

“O Lado Bom da Vida”

Você pode ter uma vida normal, mas determinado evento forte pode disparar um gatilho. Bom, você se descobre doente. Depressão, bipolaridade. No caso de Pat foi flagrar a mulher, por quem era absurdamente apaixonado, na cama com outro homem. “O Lado Bom da Vida”, direção de David O. Russell, visita esta questão, mostrando a bipolaridade de dois personagens, vividos intensamente por Bradley Cooper (Se Beber Não Case) e Jennifer Lawrence (O Inverno da Alma).

A vida de Pat dá um giro de 180 graus com a traição, e ele passa vários anos internado. Mas na sua cabeça foram apenas nove meses. Ao sair, volta a morar com os pais. A família, porém, não é nada certa. Uma família disfuncional. O pai, Pat Sr. (Robert de Niro, em sua melhor atuação em anos e sem apelar para as caretas que já estavam tornando-se uma marca registrada), tem toc e é viciado) em jogatinas, enquanto que a mãe, Dolores (Jacki Weaver, de ) é completamente passiva e carente. Pat ainda acredita poder recuperar a esposa e salvar o casamento, mas não pode chegar perto dela, por determinação judicial. Ainda por cima, o cara perde o controle facilmente, tem atitudes intempestivas, que pioram sua situação. Até que surge em seu caminho a linda viuvinha Tiffany (Jennifer Lawrence, cativante e sexy como nunca), viciada em sexo, que interessa-se por ele. A garota, no entanto, não quer só um namorico, quer ainda um parceiro para um concurso de danças.

O envolvimento dos dois não é nada fácil. Duas pessoas problemáticas, sofridas. Que acabam atraindo-se. A história é previsível, mas contada de uma forma singela e honesta. Claro que as soluções fáceis surgem. Um exemplo que traumas, doenças, não são solucionados apenas com um novo amor. Mas pelo menos o amor dá esperança.

Cotação: bom
Chico Izidro

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