quinta-feira, agosto 06, 2009

KAPO



KAPO (KAPO, do diretor esquerdista italiano Gillo de Pontecorvo) é um filme menor na filmografia do cineasta, e lançado agora no Brasil em DVD. Não que o filme seja ruim, ao contrário. Trata do holocausto e perde sua força em relação as centenas de filmes feitos sobre o tema sobre o maior crime do século XX - o extermínio dos judeus pelos nazistas. A trama gira em torno da adolescente Edith (Susan Strasberg, filha do diretor Lee Strasberg), que para sobreviver num campo de trabalhos forçados muda de identidade, graças a ajuda de uma prisioneira e de um médico. De judia, ela passa a condição de prisioneira-criminosa, usando um triângulo preto no lugar da Estrela Amarela, que identificava os judeus. E quando as coisas pioram - se é que num campo de concentração as coisas podiam ficar piores -, a garota aceita o cargo de kapo, ou seja, guarda das prisioneiras, que recebe algumas mordomias, como maior ração e alojamento melhor. A atriz Susan Strasberg é fraca e não consegue transmitir a desesperança de uma prisioneira num campo de morte, ao contrário dos atores coadjuvantes. Algumas mulheres parecem mesmo ter saído direto de Auschwitz para os sets de filmagem. Em KAPO, porém, Gillo de Pontecorvo semeava as plantinhas paar sua obra, A Batalha de Argel, clássico esquerdista de 1966, que tratava da independência da Argélia da França em 1962.
Chico Izidro

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