sábado, março 09, 2013

“Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”


Às vezes o retorno de algum herói icônico às telas mostra ser um tremendo equívoco. É o que acontece com o policial John McClane (Bruce Willis), em “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”, dirigido por John Moore. Se os dois primeiros exemplares da cinessérie são clássicos oitentistas, quando McClane detonava terroristas primeiro em um edifício e depois num aeroporto, sempre com “charme”, o terceiro exemplar já dava sinais de cansaço pelas ruas de Nova Iorque. E na quarta parte, os vilões da vez eram terroristas cibernéticos, até com um final apoteótico. Mas neste quinto filme, o estrago é feito nas ruas de Moscou e na abandonada Prypiat, que hospeda a usina destruída de Chernobyil.

“Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer” é de um absurdo absoluto. Não que num filme de ação se exija coerência, mas certas coisas abusam exageradamente da inteligência do espectador. McClane vai parar na Rússia atrás do filho, que acredita, seja um marginal e que encontra-se preso após tentar assassinar um figurão. Só que ao chegar a Moscou, o policial durão acaba descobrindo que o herdeiro, John McClane Jr. (o careteiro Jai Courtney, que também pode ser visto no mais recente filme de Tom Cruise, Jack Reacher - O Último Tiro) é na realidade um agente da CIA que está tentando tirar do país um criminoso conhecedor de segredos de um dirigente político, que tem o objetivo de chegar à liderança do governo.

E dê-lhe tiros, fugas impossíveis, dezenas de tombos que matariam qualquer ser humano, mas não McClane. Em determinado momento, ele e o filho pulam de um prédio de quase 20 andares, enquanto são metralhados...claro que nenhuma bala os atinge e sofrem apenas escoriações. De Moscou, a dupla parte para a contaminada Chernobyl, e sem roupas de proteção. Duro de acreditar!

Cotação: ruim
Chico Izidro

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